Foto: divulgação |
Se estivesse viva, Irmã Dulce teria completado ontem, 26,
100 anos. Em homenagem à freira baiana que dedicou a vida a cuidar dos pobres,
uma vasta programação foi realizada desde o domingo. Devotos de toda parte do
Brasil chegaram à Salvador para agradecer e pedir graças ao Anjo Bom da
Bahia. Ontem pela manhã, centenas de
fiéis, lotaram a Missa Solene no Santuário da Bem-Aventurada, localizado no
Largo de Roma e sob muitas orações e cantos homenagearam a beata. A missa foi
presidida pelo Reitor do Santuário de Irmã Dulce, Frei Vandeí Santana, e vários
admiradores da vida e obra da religiosa se ajoelharam no altar do Anjo Bom da
Bahia para orações de agradecimento.
A secretária de seguros, Rita de Cássia
Cardim de Souza, 56 anos, passou alguns minutos ajoelhada e com exames seguro
nas mãos, agradecendo pela cirurgia feita há dez anos e agora, pediu que tudo
dê certo na cirurgia da filha que tirou um cisto embaixo do braço. “Hoje vim rezar e agradecer pela graças
alcançadas. Consegui fazer uma cirurgia no hospital criado por Dulce e agora
vim pedir que o exame de biópsia que minha filha fez, corra tudo bem”, disse a
mulher em meio à emoção. Quem aproveitou também para pedir pela filha foi a
aposentada Maria Rita dos Santos, 65 anos. “Minha filha anda muito rebelde e
peço a Dulce que a ajude atravessar esse momento difícil e que melhore sua
personalidade”, reforçou. Outros fiéis também aproveitaram para fazer os
pedidos e orar diante do altar criado com a imagem da freira. O frei Vandeí
Santana disse que aprendeu a admirar o trabalho realizado por Dulce. “Irmã
Dulce se foi, mas continua presente com o Espírito Santo. Ela foi uma mulher
franzina e frágil, mas com uma força fez coisas impossíveis. Todos os dias,
Dulce acordava muito cedo e antes de buscar o povo, ela rezava e levava a
palavra de Deus a quem ajudava. Dulce construiu tudo isso, com o império do
amor. Se não fosse o amor, ela não conseguiria”. O frei ainda confirmou que
Dulce acolheu Deus e foi capaz de abrir a porta não só do convento, mas de todo
o seu ser. “Celebrar a festa de Dulce é um momento importante para a igreja e
para o Brasil. Temos poucos santos brasileiros e Dulce por ainda ser pouco
conhecida lá fora, tem muitos devotos por várias cidades” finalizou o frei.
Religiosos cantam “parabéns” Ao terminar a missa, algumas pessoas reuniram em
volta do túmulo de Irmã Dulce e um bolo com a figura de Dulce foi colocado no
altar e depois dos parabéns, dividido e distribuído entre os presentes. Este,
segundo frei Vandeí, foi um momento especial de Ação de Graças, na Capela das
Relíquias, também localizada no santuário, quando a aniversariante foi
festejada com música pela Banda da Guarda Municipal. Para animar a festa, Dulce recebeu alguns
presentes que segundo a sua sobrinha, a presidentes das Obras Sociais, Maria
Rita Pontes, vai servir para os mais necessitados. “Este é um momento de
celebrar a vida dela. Mesmo não estando presente fisicamente, sentimos sua
presença aqui. O que Dulce mais gostava de fazer era dedicar seu trabalho aos
pobres e os presentes recebidos serão destinados a essas pessoas. Tenho certeza
que ela gostou disso”, finalizou Maria Rita.
A última homenagem do dia dedicado à Mãe dos Pobres ocorreu às 16 horas
de ontem, onde devotos e admiradores rezaram na missa em Ação de Graças pelos
100 anos de Irmã Dulce. “Por todo o bem que fez pelo legado de serviço fraterno
e o exemplo de amor ao próximo, Dulce dos Pobres permanecerá por muitos outros
séculos na memória do povo e no gesto concreto perpetuado nas obras que tão
amorosamente continuam a abraçar aqueles que mais precisam”, explicou o frei
Vandeí Santana. Fonte: tribunadabahia.com.br
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