terça-feira, 27 de maio de 2014

Devotos celebram em Salvador 100 anos do nascimento de Irmã Dulce

Foto: divulgação

Se estivesse viva, Irmã Dulce teria completado ontem, 26, 100 anos. Em homenagem à freira baiana que dedicou a vida a cuidar dos pobres, uma vasta programação foi realizada desde o domingo. Devotos de toda parte do Brasil chegaram à Salvador para agradecer e pedir graças ao Anjo Bom da Bahia.  Ontem pela manhã, centenas de fiéis, lotaram a Missa Solene no Santuário da Bem-Aventurada, localizado no Largo de Roma e sob muitas orações e cantos homenagearam a beata. A missa foi presidida pelo Reitor do Santuário de Irmã Dulce, Frei Vandeí Santana, e vários admiradores da vida e obra da religiosa se ajoelharam no altar do Anjo Bom da Bahia para orações de agradecimento.
A secretária de seguros, Rita de Cássia Cardim de Souza, 56 anos, passou alguns minutos ajoelhada e com exames seguro nas mãos, agradecendo pela cirurgia feita há dez anos e agora, pediu que tudo dê certo na cirurgia da filha que tirou um cisto embaixo do braço.  “Hoje vim rezar e agradecer pela graças alcançadas. Consegui fazer uma cirurgia no hospital criado por Dulce e agora vim pedir que o exame de biópsia que minha filha fez, corra tudo bem”, disse a mulher em meio à emoção. Quem aproveitou também para pedir pela filha foi a aposentada Maria Rita dos Santos, 65 anos. “Minha filha anda muito rebelde e peço a Dulce que a ajude atravessar esse momento difícil e que melhore sua personalidade”, reforçou. Outros fiéis também aproveitaram para fazer os pedidos e orar diante do altar criado com a imagem da freira. O frei Vandeí Santana disse que aprendeu a admirar o trabalho realizado por Dulce. “Irmã Dulce se foi, mas continua presente com o Espírito Santo. Ela foi uma mulher franzina e frágil, mas com uma força fez coisas impossíveis. Todos os dias, Dulce acordava muito cedo e antes de buscar o povo, ela rezava e levava a palavra de Deus a quem ajudava. Dulce construiu tudo isso, com o império do amor. Se não fosse o amor, ela não conseguiria”. O frei ainda confirmou que Dulce acolheu Deus e foi capaz de abrir a porta não só do convento, mas de todo o seu ser. “Celebrar a festa de Dulce é um momento importante para a igreja e para o Brasil. Temos poucos santos brasileiros e Dulce por ainda ser pouco conhecida lá fora, tem muitos devotos por várias cidades” finalizou o frei. Religiosos cantam “parabéns” Ao terminar a missa, algumas pessoas reuniram em volta do túmulo de Irmã Dulce e um bolo com a figura de Dulce foi colocado no altar e depois dos parabéns, dividido e distribuído entre os presentes. Este, segundo frei Vandeí, foi um momento especial de Ação de Graças, na Capela das Relíquias, também localizada no santuário, quando a aniversariante foi festejada com música pela Banda da Guarda Municipal.  Para animar a festa, Dulce recebeu alguns presentes que segundo a sua sobrinha, a presidentes das Obras Sociais, Maria Rita Pontes, vai servir para os mais necessitados. “Este é um momento de celebrar a vida dela. Mesmo não estando presente fisicamente, sentimos sua presença aqui. O que Dulce mais gostava de fazer era dedicar seu trabalho aos pobres e os presentes recebidos serão destinados a essas pessoas. Tenho certeza que ela gostou disso”, finalizou Maria Rita.   A última homenagem do dia dedicado à Mãe dos Pobres ocorreu às 16 horas de ontem, onde devotos e admiradores rezaram na missa em Ação de Graças pelos 100 anos de Irmã Dulce. “Por todo o bem que fez pelo legado de serviço fraterno e o exemplo de amor ao próximo, Dulce dos Pobres permanecerá por muitos outros séculos na memória do povo e no gesto concreto perpetuado nas obras que tão amorosamente continuam a abraçar aqueles que mais precisam”, explicou o frei Vandeí Santana. Fonte: tribunadabahia.com.br

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